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PROJEÇÕES DE FUTURO PARA A MEDICINA

A incorporação à prática médica da inteligência artificial com capacidade de aprendizagem de máquina, e a conexão desses equipamentos à rede de internet, permitindo que acessem as bases de dados de outros similares e aprendam progressivamente.

 

A coleta contínua de dados fisiológicos humanos e o armazenamento dessa grande quantidade de informação na "Big Data",  a massificação da internet das coisas (IoT), entre outros, direcionam para uma modificação de padrão da prática médica, com uma tendência para a entrada no "mercado da saúde" dos grandes "players" de tecnologia.

 

Isso já esta ocorrendo nesse momento com Facebook, Google, e Microsoft. O Facebook está trabalhando para lançar seu primeiro smartwatch com ênfase em sensores de dados fisiológicos e câmeras que permitam videochamadas independe dos smartphones. O Google está redesenvolvendo uma plataforma para para coleta de dados médicos, tendo como base o projeto "Google Health", inicialmente lançado em 2008 e posteriormente descontinuado por não ter conseguido uma base de usuários suficiente. A Microsoft está lançando o "Microsoft Cloud for Healthcare" que pretende trabalhar fornecendo suporte operacional às equipes de saúde e grandes corporações.   

O QUE ISSO SIGNIFICA?
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PODER

Os grandes players de tecnologia, particularmente Google e Facebook/WhatsApp, já detém conhecimento extenso sobre hábitos, gostos, preferências, ou seja, dominam o perfil psicológico de bilhões de indivíduos. A partir do momento que esses começarem a aferir os marcadores fisiológicos, e cruzarem os dados entre o que o indivíduo está lendo e escrevendo, e a repercussão fisiológica que isso determina, serão detentores de um conhecimento sobre o ser humano que nenhum outro humano teve ou poderá ter.

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Monitoramento
Contínuo

Em pouco tempo não apenas os dispositivos móveis como smartwatches serão capazes de aferir nossos marcadores fisiológicos.

A própria vestimenta, calçados, a cama onde dormimos, os eletrodomésticos em nossa casa, os automóveis, "tudo" estará conectado a rede, (Internet das Coisas - IoT) e serão capazes de aferir continuamente nossos marcadores fisiológicos.

Diminuição
de
Custo

A redução de custo para os provedores de saúde virá por dois fatores:

 

O primeiro: monitoramento contínuo do do indivíduo que permite, entre outros, determinar se o tratamento está sendo seguido de forma correta, podendo tornar o paciente que não siga a terapêutica preconizada, inelegível para internações e outros procedimentos que gerem custos para o provedor.

O segundo: diminuição da necessidade de interação frequente paciente/médico humano, que será habitualmente suprida pelos algoritmos de inteligência artificial, tornando a interação humana menos necessária e para casos mais específicos.

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Telemedicina
e Substituição
Gradual do
Médico

Questão financeira.

Essa matéria publicada em 29/10/2021 no jornal Healthworld.com,  demonstra um viés que norteará estratégias econômicas em todo planeta.

"Sublinhando que a telemedicina não é mais uma opção, mas uma necessidade, o ministro da União, Jitendra Singh, pediu essas soluções inovadoras de saúde em um país como a Índia, onde há uma escassez de profissionais médicos e milhões de pessoas vivem em áreas rurais sem acesso direto a cuidados de saúde adequados ou tratamento".

 

"Singh disse que a implementação da tecnologia de telemedicina pode economizar entre 4 e 5 bilhões de dólares americanos por ano para a India e substituir metade das consultas ambulatoriais presenciais. Ele disse que a telemedicina no país tem se mostrado eficaz em termos de custos".

Por analogia é factível o entendimento da economia que resultará quando ocorrer a substituição dos médicos da telemedicina pelos algoritmos de inteligência artificial.

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Guy Vallancien

Professor de Urologia da Universidade de Paris Descartes e membro da Academia Nacional de Medicina, prediz que as transformações induzidas pelo advento do que ele chama de "mídia médica", "um medicamento" centrado no uso de computadores e tecnologias digitais, serão capazes de tornar a medicina mais eficiente e mais humana.

 "O uso maciço de tecnologias médicas, sejam eles cirurgiões-robôs,aplicações de saúde, ferramentas de telemedicina, imagens médicas ou simplesmente recursos computacionais, devem permitir ao médico delegar aos técnicos, enfermeiros, mas também para os próprios doentes, muitas das tarefas que até então caíram sobre ele. Poderá focar em sua atividade principal, escuta, acompanhamento e decisão".

O médico como Bio-conselheiro

 Tecnicamente falando, o médico será desapossado das ferra-mentas que costumavam fazer parte do meu trabalho. Por outro lado, a relação pessoa a pessoa permanecerá. Um médico sempre estará disponível para seu paciente que, aconteça o que acontecer, nunca acreditará no computador.

Guy Vallancien - La médecine sans médecin?: Le numérique au service du malade. (Medicina sem médico?: Tecnologia digital a serviço dos enfermos)

Eric Topol

Cardiologista norte americano, geneticista e pesquisador de medicina digital, autor e coautor com inúmeros livros publicados.

 

Apresenta uma visão da medicina classicamente norte americana e fortemente moldada pelo conceitos de Abraham Flexner, para quem, o estudo da medicina deve ser centrado na doença de forma individual e concreta.

 

Harari em seu livro 21 lições para o século 21, cita uma frase do livro de Eric Topol "The pacient will see you. The future of medicine in yor hands", onde ele afirma: "um clínico geral que diagnostica doenças conhecidas e administra tratamentos de rotina provavelmente será substituído pela Inteligência Artificial Médica".

É um grande entusiasta das tecnologias digitais aplicadas à medicina, e enxerga com clareza o potencial dessas no futuro da prática médica e na relação entre o médico e o paciente.

 

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SOBRE

Desafio para a formação dos novos médicos

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